quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fábula

A Gata Magali

Era uma vez uma gata muito bonita, de pêlos brancos e macios e muito carinhosa com todos, principalmente com sua dona. Seu nome é Magali. 
Mas, a gatinha mais linda da vizinhança tinha uma insatisfação: ela não conseguia miar.
No início, a mãe gata a consolava dizendo que ela apenas não estava na idade de miar, mas o tempo foi passando e a gatinha foi percebendo que, mesmo sendo uma gata, uma de suas habilidades não era miar.
Com o passar do tempo, sua diferença a afastava dos outros gatos. Então, o olhar da gatinha foi ficando cada vez mais triste. Ela já não tinha a alegria de receber, muito menos de dar carinho para sua dona. A vida da gatinha estava ficando cada dia mais vazia: sem amigos, sem carinho, sem sorriso. Sua dona já não a reconhecia mais.
Um certo dia, comum como todos os outros, enquanto a mãe gata preparava seu cesto para tirar sua pestana da tarde sentiu um forte aperto no peito, parecia que seu coração estava sendo esmagado. Era uma dor insuportável. Magali ficou muito nervosa, sem saber o que fazer para ajudar sua mãe, correu para chamar a atenção de sua dona para o que estava acontecendo com a mãe gata, mas a casa estava vazia. " o que eu faço?"- pensou Magali.
Magali se sentia impotente pois, se nem miar ela sabia, o que ela poderia fazer para ajudar a mãe gata?
Em um piscar de olhos, Magali olhou para o telefone, ao lado dele havia uma agenda, ela pegou o telefone achou, o numero do veterinário na agenda e discou. O telefone chamou apenas três vezes, então algo extraordinário aconteceu: Magali se fez passar por sua dona- afinal quem acreditaria que uma gata conseguia falar?- e contou o que estava acontecendo com a mãe gata. Isso mesmo, a gata Magali estava falando, nem ela podia imaginar que isso poderia acontecer.
Em poucos minutos a ambulância chegou, o veterinário achou estranho não achar a pessoa que chamou o socorro, mas mediante a urgência prestou atendimento à gata, medicou e aplicou os primeiros socorros no local, posteriormente a levou para a clínica, antes deixou um bilhete explicando o que fizeram.
Magali que sempre esteve triste por não conseguir miar, agora irradiava felicidade, não somente por poder falar mas também por ter ajudado sua mãe.
Se Magali tivesse a mesma habilidade que todos os outros gatos, talvez, não poderia ter ajudado sua mãe. Sua diferença foi crucial naquele dia. 
Nem precisa lembrar que Magali e os outros foram feliz para sempre.
Ser diferente pode até nos deixar triste algumas vezes, mas são essas mesmas diferenças que nos tornam únicos e nos possibilitam fazer coisas extraordinárias como a gata Magali.


Fim.
(Lecy Carvalho)

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